Rui Madeira: “É uma iniciativa que tem tudo a ver com a minha carreira de piloto nos ralis”

 

Mais uma novidade num ano em que Rui Madeira assinala os seus 25 anos de carreira: na companhia de Paulo Fiúza, o piloto de Almada irá desta vez alinhar no Rali de Castelo Branco, na estreia em competição no nosso país do Citroën DS3 R1 Challenge. Rui Madeira já conduziu o carro no Rali de Mortágua como carro zero e agora, num ano em que a Escuderia de Castelo Branco comemora o seu 50° aniversário, Madeira e Fiúza irão repartir o cockpit do carro cedido pela Citroën Racing nesta estreia em Portugal. Rui Madeira volta assim a associar-se ao “Challenge Citroën DS3 R1 Iniciação 2015” com o intuito de ajudar o seu promotor – a Inside Motor Eventos dirigida por Vítor Calisto - na promoção desta nova competição.

“Foi com enorme agrado que recebi este convite. É uma iniciativa que tem tudo a ver com a minha carreira de piloto nos ralis, pois também me iniciei num troféu de ralis, que acho ser a melhor forma de um jovem piloto poder aprender e evoluir”, afirmou Rui Madeira, que acrescentou ainda: “os ralis estão sedentos de novos valores e de um troféu de baixo custo que permita precisamente que esses novos valores possam aparecer e dar nas vistas. Irei fazer tudo o que possa estar ao meu alcance para ajudar a promover este Challenge de modo a garantir a sua realização em 2015, que considero que seria muito importante para os ralis em Portugal”.

Esta presença de Rui Madeira no Rali de Castelo Branco Banco dá assim continuidade aos seus 25 anos de carreira, depois das presenças no Rali Serras de Fafe, Fafe Rally Sprint, Vodafone Rali de Portugal, nos Ralis do Oeste e de Mortágua como carro “0” e ainda no BIC Rally de Portugal Histórico. Rui Madeira foi o primeiro piloto português Campeão do Mundo FIA de Produção (1995) e Bi-Campeão Nacional do Grupo N (1993 e 1994). Paralelamente, na prova rainha dos ralis em Portugal e na companhia de Nuno Rodrigues da Silva, venceu em termos absolutos em 1996, tendo ainda Rui Madeira conquistado o tão almejado lugar de “Melhor Português” em cinco edições, juntando ainda neste seu esporádico regresso em 2014 um brilhante segundo lugar entre as equipas nacionais ao volante do competitivo Ford Fiesta R5. O Citroën DS3 R1 “Challenge” Desenhado para promover o acesso ao desporto motorizado, o Citroën DS3 R1 vem completar a já extensa oferta da divisão de competição cliente da Citroën Racing. Particularmente fácil de conduzir, esta viatura foi pensada como uma ferramenta de aprendizagem na participação em ralis, em toda a segurança, e a preços acessíveis para quem ambiciona dar o primeiro passo na sua carreira desportiva.

A Classe R1. Criada pela FIA a classe R1 tem a intenção de promover o acesso a jovens pilotos a carros de competição acessíveis e de baixo custo de manutenção. De forma a manter estes custos a níveis mínimos, a maioria dos componentes mecânicos deverão ser iguais aos de origem, tal como a transmissão, o chassis, o sistema de suspensão, travões, etc. A procura da performance não é uma prioridade, e a maioria das alterações permitidas relacionam-se com a segurança do piloto e co-piloto. Baseado no Citroën DS3 So Chic VTI 120 Cv, a versão R1 tira partido de todas as vantagens dos modelos de produção, nomeadamente o seu motor 1.6 VTI de injeção, com uma caixa de velocidades manual sincronizada à qual é adicionada uma relação final mais curta. Chassis e ligação ao solo. Sendo uma das maiores preocupações deste projeto a segurança, é fornecida uma carroçaria com arco de segurança soldado e montado segundo a experiência e design do DS3 R3, sendo este desenho simplificado na medida da regulamentação, não permitindo apoios sobre as fixações da suspensão.

A célula de sobrevivência oferece um alto nível de segurança, nomeadamente em caso de embate lateral Todos os componentes do chassis são os de série exceto os amortecedores e molas que foram desenvolvidos pela Citroën Racing. O sistema de travagem foi melhorado com o uso de pastilhas de travão mais eficientes e líquido de travagem mais resistente à pressão e ao aquecimento, e a adição da montagem de um travão de mão hidráulico. As jantes utilizadas são da marca Speedline e fornecidas pela Citroën Racing na medida de 6.5 x 16 permitindo a montagem de pneus 200 x 60 x 16. A direção mantêm-se de origem, sendo apenas a sua cartografia da assistência elétrica otimizada. Estudado especificamente para o DS3 R1 a proteção de carter é fixada no berço inferior do motor, colaborando também desta forma para uma maior rigidez do chassis. O motor e a caixa de velocidades. O Citroën DS3 R1 possui um motor de 4 cilindros 1.6 VTI, não sendo permitida pela regulamentação FIA, qualquer alteração interna, para esta categoria. Os engenheiros da Citroën concentraram-se na periferia do motor para aumentar a sua performance, estudando uma nova linha de escape, com um novo coletor e retirando o catalisador central.

Combinaram também a adição de um filtro de ar de competição e uma otimização da cartografia elevando desta forma a potência para 125 Cv com um binário de 165 Nm, estando este, praticamente sempre, disponível e uniforme desde as 2000 rpm. A caixa de velocidade é manual com cinco velocidades sincronizadas, tal como a de origem, mas recebendo uma relação final curta de 13 x 64, melhorando as acelerações e a resposta do motor. “Podemos informar que cada R1 pronto a correr terá um valor inferior a 30.000 euros”, revela Vitor Calisto, explicando que “este valor inclui a aquisição do carro e do Kit. Julgamos ser um valor muito competitivo tendo em conta que queremos organizar o Challenge durante três anos”. O regresso do Rali de Castelo Branco ao CNR A Escuderia Castelo Branco regressa em 2014 ao Campeonato Nacional de Ralis. 30 anos depois de ter saído desta competição, por imposição da entidade federativa a prova conta igualmente para o Campeonato Regional de Ralis – Centro, Clássicos Ralis e inclui também uma prova tipo Sprint, num evento que está integrado nas comemorações dos 50 anos da Escuderia Castelo Branco, um dos clubes com mais tradições da região centro de Portugal.



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